MST realiza formação de educadores de Escolas Itinerantes no Paraná
Do setor de comunicação MST/PR
Da Página do MST
Aprofundar, desenvolver e discutir as questões relacionados as Escolas Itinerantes são alguns dos objetivos de cerca de 100 educadoras e educadores do MST que estão reunidos em Curitiba, desde segunda-feira (21), no Encontro de Formação dos Educadores das Escolas Itinerantes do Paraná. A atividade acontece até esta sexta-feira (25).
Do setor de comunicação MST/PR
Da Página do MST
Aprofundar, desenvolver e discutir as questões relacionados as Escolas Itinerantes são alguns dos objetivos de cerca de 100 educadoras e educadores do MST que estão reunidos em Curitiba, desde segunda-feira (21), no Encontro de Formação dos Educadores das Escolas Itinerantes do Paraná. A atividade acontece até esta sexta-feira (25).
A Escola Itinerante, por ser uma instituição que é instalada no acampamento e ter como principal característica acompanhar o itinerário das famílias acampadas, acaba tendo uma realidade própria. Isso torna necessário que os educadores que licenciam na escola estejam vivenciando a realidade do campo, do meio rural e a luta pela terra, mas sem perder de vista o conteúdo e o conhecimento universal.
Segundo Isabel Grein, da coordenação do setor de educação do MST, esse Encontro de formação de educadoras e educadores é o momento para olhar para a realidade de cada escola, e ver o que cada um está fazendo para tornar o espaço melhor, não só para quem nela estuda, mas também à comunidade em que ela está inserida.
“A semana é de dedicação e estudo, de reflexão. É de olhar com carinho a escola onde a gente tá, é olhar o trabalho que a gente está fazendo em sala de aula, na relação com a comunidade, o fazer pedagógico do dia a dia, a relação com as crianças, adolescentes e jovens que estudam. É pensar junto para que possamos fazer uma escola melhor que a de hoje”, ressalta.
Pelas Escolas Itinerantes já aram mais de 10 mil crianças, adolescentes e jovens, e com isso a tarefa do educador se torna mais desafiadora, pois são nesses espaços que o sujeito vai descobrindo e formando sua identidade, quanto sujeito construtor do espaço em que vive.
“É muita gente ando pelos acampamentos, todo dia tem gente nova, e as pessoas tem que aprender ali a ser um cidadão brasileiro, a ser um trabalhador, a ser um lutador do povo. Então, nós enquanto educadores precisamos saber como vamos fazer uma escola em que as pessoas se descubram nesse espaço, que se firme como um trabalhador, que se descubra na classe trabalhadora enquanto camponês”, comenta Izabel.
Para o coordenador nacional do MST, Diego Moreira, não há justificativa para que a educação não seja realizada, e parabeniza os educadores itinerantes pelos esforços que vêm tendo para realizarem a formação das pessoas quanto sujeitos que vivem nos acampamentos, ao debaterem a construção de uma nova sociedade.
“Apesar das condições adversas, das dificuldades, são esses educadores que mostram para a sociedade que o estado brasileiro não tem justificativa política, nem econômica, para que ainda tenha muitas crianças, adolescentes, jovens e adultos sem o a escola”, acredita.
No ano de 2011, funcionaram dez unidades das Escolas Itinerantes distribuídas em 10 acampamentos em nove municípios, atendendo 1.046 alunos. Neste ano, há nove Escolas itinerantes em vigência, pelo fato de ter acoplado uma escola à outra.
As Escolas Itinerantes estão ligadas a 2 Escolas base – Colégio Estadual Iraci Salete Strozak (assentamento Marcos Freire; município de Rio Bonito do Iguaçu) e Colégio Estadual Centrão (assentamento Pontal do Tigre, município de Querência do Norte). As Escolas Base são as responsáveis pelo registro, guarda e expedição da documentação escolar do aluno, assim como, pelo e legal e pedagógico.